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Passeio ingênuo

by Matheus Duarte | 13:31 in |

O domingo amanheceu lindo. Os pássaros cantavam, as flores estavam mais vivas e o céu mais azul do que nunca. Sérgio acorda sua esposa e seus dois filhos. Tinham combinado de ir ao sítio de Seu João, que era pai de Sérgio.
Bom, antes de falar do passeio, vamos retratar cada pessoa. Sérgio é um respeitado advogado, casado há sete anos com Eliza, uma mulher linda que trabalha em um salão de beleza. Frutos desse casamento são Carlos, de cinco anos, e Letícia, de seis.
Vamos então ao passeio. Os quatros montam no belo veículo que Sérgio havia comprado faz poucas semanas. Caem na estrada, de lá até o sítio seria umas duas horas, já que ficava em outra cidade.
As crianças, como sempre, ficam deslumbradas com as paisagens que encontram no caminho. Enfim, chegam ao destino. Foi uma recepção calorosa como sempre por partes dois pais de Sérgio. Foi uma festa total naquele bonito lugar. Carlos e Letícia brincaram um pouco no vídeo game que haviam levado, enquanto Sérgio proseava com seu pai e Eliza com a sogra, Dona Serafina.
Chega a hora almoço, mesa farta e deliciosa. Os seis se esbaldam. Depois do almoço, Carlos e Letícia vão passear pelo sítio.
No pasto se espantam. Um boi e uma vaca estavam acasalando. Correm de volta para a casinha e Carlos pergunta:
- Pai ! Olha na janela e veja. O que o boi e a vaca estão fazendo?
- Estão fazendo um filhinho meus amores, isso é absolutamente normal - responde Sérgio, tranquilizando os filhos que estavam de olhos arregalados.
- Entendi. Vai nascer um boizinho ou uma vaquinha- disse Letícia.
Os dois voltam para o passeio pelo sítio. Se encantam com algumas ovelhas que haviam por lá. Andam mais um pouco e... nhaca ! Carlos pisa num estrume. Sobe um cheiro desagradável e os dois voltam correndo para a casinha.
- Mãe ! Pisei na merda ! Que fedô... - exalta Carlos.
Eliza olha para a cara de Serafina e solta um riso pelo nariz e diz ao filho:
- Tire os sapatos e coloque um outro. Preste mais atenção por onde anda.
É isso que ele faz. Os dois voltam ao passeio. Sérgio e João disputam uma partida de sinuca. Eliza e Serafina colocam as fofocas em dia.
As crianças sentam embaixo de uma árvore e começam a imitar sons de alguns passarinhos. A relação dois dois era super boa, algo incomum para dois irmãos de sexos diferentes. Um urubu senta no galho da árvore e solta o famoso barroso, que acerta a testa de Carlos. Carlos corre chorando para a casinha.
- Mãe ! Levei uma cagada bem fedida !
Todo mundo leva a mão ao nariz. Nhaca total no ambiente. Eliza pega o garoto pelo braço e leva para o chuveiro.
Cinco minutos depois chega Letícia chorando.
- Pai, um bode me chifrou.
Sérgio para o jogo e consola sua filha, pegando-a no colo.
Chega a hora de ir embora. Os quatros se despedem dos anfitriões e pé na estrada. Ou melhor, rodas na estrada.
Na noite do mesmo dia, Letícia abre a porta do quarto dos pais e vê os dois no acasalamento. Os pais se assustam e se enfiam embaixo dos lençóis. Letícia solta a pergunta:
- Por que o boi e a vaca fazem boizinho ou vaquinha de costas e vocês estão fazendo filhinho de frente ?
Silêncio total depois da pergunta. Os pais não sabiam elaborar a resposta mais correta para aquela desagradável situação. Fianlmente Sérgio responde:
- É que para se fazer boizinho e vaquinha é de costas, agora pra fazer um filhinho igual a você e seu irmão, é de frente.
Não se tinha resposta mais tosca para a ocasião. Mas tudo bem, a menina aceitou-a.

O dia seguinte...

Carlos e Letícia acordam cedo para ir à escola. A primeira lição de Carlos era fazer uma breve redação contando sobre o final de semana e o que eles haviam aprendido de novo e o que faria para mudar algo que ocorreu. Eis a redação:
" Papai, mamãe, maninha e eu fomos à casa de vovôs. Lá eu aprendi que a merda é uma merda. Aliás, para que serve a merda ? Eu pisei numa merda fedida e depois merdiaram na minha cabeça. Foi a coisa mais horrorosa que aconteceu em toda minha vida.  Se eu fosse Deus arrancava o ânus de todo o mundo."
Enquanto isso, Letícia contava o que aconteceu para sua melhor amiga, Carol, sobre o caso do boi e da vaca e depois se seu papai e sua mamãe. Contou inclusive aquela explicação tosca de seu pai. A amiguinha começou a chorar desesperadamente na sala de aula. A professora foi perguntar o motivo de tantas lágrimas. Carol respondeu com a fala trêmula:
- Ontem eu entrei no quarto de papai e mamãe e vi eles acasalando...
A professora tenta amenizar:
- Mas isso é normal. Eles estão fazendo um irmãozinho para você.
- Mas eu não quero ter como irmão um boizinho ou uma vaquinha ...- responde Carol.

Moral da história: Está vendo o que um simples passeio ingênuo ao sítio pode causar ?

Chega ao fim mais uma historinha para boi dormir.

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